• Entre em contato
  • Como chegar
  • Apresentação
    • O Departamento
    • Missão, Vocações e Visão
    • Histórico
    • Administrativo
    • Entre em contato
    • Como chegar
  • Membros
    • Corpo Docente
    • Corpo Técnico / Administrativo
  • Ensino
    • Graduação
    • Pós-graduação
  • Cultura e Extensão
  • Pesquisa
    • Grupos de Pesquisa
    • Boletins Técnicos
  • Notícias
    • PME na imprensa
    • Artigos de Professores
    • Prêmios
  • Eventos
  • Oportunidades
    • Graduação
    • Pós-Graduação
    • Pós Doutorado
Notícias do PME
Resultado da eleição para Representantes dos Funcionários junto ao CD
Representantes dos Funcionários no Conselho do PME
Automotiva
Poli-USP e UFABC realizam simpósio internacional sobre os desafios da produção de veículos elétricos e autônomos
SPSCHOOL

Sequestro de oportunidades

Posted On 09 abr 2013
By : Fabio Galvao
Comment: 0
Tag: cotas, Departamento de Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP, Engenharia, Escola Politécnica, Poli-USP, Universidade de São Paulo, USP

Por Ronaldo de Breyne Salvagni

 

Temos, sem dúvida, sérios problemas de discriminação e exclusão na sociedade brasileira, que se refletem também nas universidades. Mas frequentemente parece que eles são abordados de forma desfocada.

A composição racial da sociedade brasileira tem forte presença de negros, pardos e minorias. Diz-se que esse perfil não se repete na universidade. Mas por que razão a composição geral da sociedade deve se repetir em seus contextos e recortes específicos? Ela se repete em times de futebol ou na seleção brasileira?

Se acreditarmos que o perfil étnico ou econômico do conjunto da população seja, ou deva ser, uma “invariante social”, repetindo-se em qualquer recorte ou subgrupo, a consequência óbvia disso é a generalização da prática de cotas.

Além de cotas no vestibular, em breve teremos propostas de cotas de formatura, para compensar injustiças e discriminações ocorridas ao longo do curso. Em seguida, cotas para times de futebol, cotas para funcionários das empresas, cotas para sócios de clubes, cotas em academias de ginástica, cotas para fiéis de cada religião e culto e por aí vai.

A grande injustiça é ver a quantidade de pessoas, especialmente os jovens inteligentes e esforçados, sendo impedidas de se desenvolver. Não é dada a elas a oportunidade de aprender e crescer, por causa de uma educação pública básica e média medíocres. Esse é o problema real.

O contrário do racismo e da discriminação social não é uma “discriminação positiva”, mas sim a ausência dessas classificações. Qualquer solução que envolva critérios de raça ou pobreza não contribui para eliminar a discriminação. Pelo contrário, reafirma, reforça e pereniza esses conceitos básicos dos mecanismos de exclusão.

Nesse cenário de sequestro de oportunidades, há um grupo de jovens mais velhos que já foi prejudicado pelas péssimas escolas públicas. E há outro grupo, bem maior, das crianças que ainda enfrentarão o problema. Para as pessoas já prejudicadas, as cotas são um mecanismo compensatório, que pode reduzir, mas não eliminar, o prejuízo.

Se houver uma proposta cujo cerne seja a melhoria efetiva do atual ensino público de primeiro e segundo grau, com parâmetros objetivos e seguindo modelos que comprovadamente já deram excelentes resultados em várias partes do mundo, e que parte dessa proposta seja um sistema de cotas, emergencial e provisório (com prazo limitado), visando apenas aquela população que já foi prejudicada, essa proposta merece não apenas a nossa aprovação, mas também o nosso aplauso.

Existem algumas (raras) escolas públicas muito boas, de modo que não deve ser tão difícil generalizar esses exemplos. Também é bom lembrar que existem escolas privadas péssimas (não tão raras), que também devem ser melhoradas.

Já uma proposta que contemple apenas a questão das cotas de forma isolada ou é ingênua ou é demagógica. Anestesia as consciências, acomoda as queixas, reduz as pressões –é a solução mais fácil e barata para os governantes. Mas mantém a condenação de milhões de crianças a precisar de cotas no futuro, sempre em ciclos sem fim, sequestrando suas oportunidades e seus sonhos. Não podemos concordar com isso.

Ronaldo de Breyne Salvagni, engenheiro naval, é professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP)

Artigo publicado na Folha de S. Paulo

Sobre o autor
  • google-share
Anterior

Amigos da Poli reserva R$ 200 mil para apoiar projetos

Próximo

Poli marca presença no maior congresso internacional de universitários

  • Notícias
    • PME na imprensa
    • Artigos de Professores
    • Prêmios
  • Eventos

Notícias por Categoria

Busca

Notícias por categoria

© - Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - 2023
We use cookies on our website to give you the most relevant experience by remembering your preferences and repeat visits. By clicking “Accept All”, you consent to the use of ALL the cookies. However, you may visit "Cookie Settings" to provide a controlled consent.
Cookie SettingsAccept All
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR