Novas tecnologias para combustíveis renováveis reduzem emissões de CO2
No momento em que o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU aponta os combustíveis fósseis como os principais responsáveis pelo aquecimento global, um grupo de pesquisadores brasileiros, com apoio de agências de fomento e de empresas, desenvolve novas tecnologias com combustíveis renováveis.
Reunidos na Rede Nacional de Combustão (RNC), professores da Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e Universidades Federais de Santa Catarina (UFSC) e da Bahia (UFBA), apoiados pela Fapesp, Capes, CNPq, Petrobras e Vale, estudam os processos de combustão com etanol.
Um destes projetos é o “Estudo Computacional e Experimental em Chamas Turbulentas de Etanol”, coordenado pelo professor Guenther C. Krieger Filho, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP, apoiado pelo Programa Pró-Engenharias, da Capes.
Segundo o Professor Guenther, essas pesquisas são importantes para a indústria automotiva, de turbinas a gás e processos industriais. “Podemos dizer que nós no Brasil estamos agora competindo com outros grandes centros internacionais que também trabalham com o etanol”, afirma.
O grupo de pesquisadores já obteve resultados do entendimento do processo de queima de etanol, tanto em procedimentos experimentais como em simulações computacionais.
Os estudos analisam a injeção direta de etanol na câmara de combustão, uma das técnicas mais promissoras em relação a motores. Os pesquisadores verificam os processos de combustão de sprays de etanol por meio de técnicas experimentais com sistemas a laser. Estas técnicas permitem a visualização e a medição de grandezas como distribuição de tamanho de gotas, comprimento do spray, interação do spray com o ar e com as paredes da câmara de combustão.
O projeto já formou três mestres e dois doutores em estudos experimentais e simulações computacionais dos processos de combustão de sprays de etanol.