• Entre em contato
  • Como chegar
  • Apresentação
    • O Departamento
    • Missão, Vocações e Visão
    • Histórico
    • Administrativo
    • Entre em contato
    • Como chegar
  • Membros
    • Corpo Docente
    • Corpo Técnico / Administrativo
  • Ensino
    • Graduação
    • Pós-graduação
  • Cultura e Extensão
  • Pesquisa
    • Grupos de Pesquisa
    • Boletins Técnicos
  • Notícias
    • PME na imprensa
    • Artigos de Professores
    • Prêmios
  • Eventos
  • Oportunidades
    • Graduação
    • Pós-Graduação
    • Pós Doutorado
Notícias do PME
Resultado da eleição para Representantes dos Funcionários junto ao CD
Representantes dos Funcionários no Conselho do PME
Automotiva
Poli-USP e UFABC realizam simpósio internacional sobre os desafios da produção de veículos elétricos e autônomos
SPSCHOOL

A Capes ou o resto do mundo?

Posted On 01 abr 2014
By : Fabio Galvao
Comment: 0
Tag: artigos científicos, bolsa sanduiche, Capes, CNPq, Departamento de Engenharia Mecânica, Departamento de Engenharia Mecânica da Poli-USP, doutorado, Escola Politécnica, Fapesp, mestrado, papers, periódicos indexados, Poli-USP, Pós-Graduação, produção acadêmica, produção tecnológica, publish or perish, Qualis, rankings, Ronaldo de Breyne Salvagni, Ronaldo Salvagni, stricto sensu, Universidade de São Paulo, USP

Por Ronaldo de Breyne Salvagni*

A Capes foi criada em 1951, a partir de 1965 assumiu a missão de fomentar e organizar a pós-graduação “stricto sensu” no Brasil, e teve pleno êxito nisso, realizando um trabalho excelente. Entretanto, será que ela continua ainda contribuindo para o desenvolvimento do País, ou será que ela se perdeu no meio do caminho?

No início, a Capes priorizou cursos de mestrado, fornecendo bolsas no País e no exterior, e adotou conceitos de “controle de processo” na avaliação dos cursos e programas de pós-graduação. Os critérios baseavam-se em parâmetros como qualificação do corpo docente, instalações, bibliotecas, laboratórios, etc., e os respectivos cursos, caso aprovados, eram classificados em três ou quatro níveis. Gradualmente, nos anos seguintes, a prioridade foi se deslocando para cursos de doutorado, com bolsas no País e tipo “sanduiche”, com o exterior. Em muitas áreas a USP já tinha programas de pós-graduação e, nesta fase, a maioria servia de referência para a Capes.

Na década de 90, teve início uma guinada radical. A Capes, com mais recursos, passou a oferecer mais bolsas, e também a repassar recursos financeiros aos programas. Foi criada uma nova classificação desses programas, atualmente com níveis de 1 a 7, e a distribuição de recursos passou a ser crescente de acordo com a posição do respectivo programa nessa escala. Os critérios de avaliação também foram profundamente alterados, criando-se o conceito de “produção acadêmica”, referente essencialmente à publicação de artigos científicos em periódicos indexados. Este parâmetro tornou-se, talvez não o único, mas sem dúvida o mais importante e de maior impacto na definição do nível do programa naquela escala de classificação. Quanto aos periódicos, também foi criada uma tabela de classificação própria, o “Qualis”, atribuindo mais pontos a artigos publicados em alguns desses periódicos e menos em outros, sem qualquer correlação direta com “rankings” reconhecidos internacionalmente. Com esses novos critérios, quase todos os cursos da USP perderam a liderança, passando a ser considerados pelas Capes como medianos, no máximo.

Em pouco tempo, a maioria dos programas do País se tornou dependente daqueles recursos fornecidos pela Capes, e os professores envolvidos passaram a ser pressionados para focar seus esforços e dedicação na produção daqueles artigos, deixando de lado outras atividades, para aumentar, ou pelo menos manter, o nível do respectivo programa na Capes. Esse critério de “produção acadêmica” se disseminou por outros órgãos de fomento, como o CNPq, Fapesp, etc., de modo que a pressão sobre os docentes por publicação de artigos estabeleceu-se de forma absoluta e crescente até hoje.

Olhando-se agora o cenário mundial (1), pode-se constatar que, não por acaso, nestes últimos anos o Brasil teve um avanço significativo no “ranking” da chamada “produção acadêmica”, em termos de quantidade de artigos científicos publicados, passando do 17º lugar em 2001 para o 13º lugar em 2011, com quase 50.000 títulos. A qualidade desses artigos, entretanto, caiu nesse mesmo período, passando o Brasil do 31º para o 40º lugar no “ranking” mundial. Adicionalmente, no “ranking” da “produção tecnológica” (patentes e produtos), o Brasil nada avançou desde a década de 70 (2), apresentando números ínfimos e ocupando a 29ª posição mundial.

Será que isso é por acaso?

É importante lembrar que a publicação de artigos é um requisito acadêmico importante no mundo inteiro – o princípio do “publish or perish”. Entretanto, ele não é o único, e em nenhum outro país assumiu a importância e o papel de “única coisa que interessa” que temos no Brasil.

Com isso, alguns pontos podem merecer nossa reflexão:

– Qual é o “produto” da pós-graduação? São os “papers”? Ou são mestres e doutores, capacitados e competentes?

– A Capes está fazendo certo quando usa os “papers” como principal critério para analisar a pós-graduação? Será que programas com nível 6 ou 7 realmente estarão formando mestres e doutores muito melhores do que os formados em programas com nível 4 ou 5?

– As Universidades estão fazendo certo ao valorizar extraordinariamente a classificação da Capes? Isso decorre das verbas que a Capes dá?

– As comissões da Capes são constituídas por pessoas e, como tal, é inevitável a existência de relações políticas e jogos de interesses e influências. Como os critérios de avaliação (e o “Qualis”) são na prática definidos e aplicados em cada área? Qual é a capacidade de influência da USP?

– Nós, na USP, não temos capacidade para saber, por nós mesmos, se estamos ou não fazendo uma boa pós-graduação? Será que precisamos que a Capes nos diga isso? Como fica a “autonomia universitária”?

Enfim, o fato que não devia ser esquecido, na USP e no Brasil, é o de que a Universidade é bem mais do que publicação de “papers”.

Referências:
(1) http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/04/1266521-brasil-cresce-em-producao-cientifica-mas-indice-de-qualidade-cai.shtml
(2) http://revistaepoca.globo.com/Ciencia-e-tecnologia/noticia/2011/10/brasil-nao-transforma-conhecimento-cientifico-em-tecnologia.html

* Ronaldo de Breyne Salvagni é professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – EPUSP

Sobre o autor
  • google-share
Anterior

Realidade virtual para simulação de trens da USP-Vale ganha inovações

Próximo

Seminários Novas Arquiteturas Pedagógicas

  • Notícias
    • PME na imprensa
    • Artigos de Professores
    • Prêmios
  • Eventos

Notícias por Categoria

Busca

Notícias por categoria

© - Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - 2023
We use cookies on our website to give you the most relevant experience by remembering your preferences and repeat visits. By clicking “Accept All”, you consent to the use of ALL the cookies. However, you may visit "Cookie Settings" to provide a controlled consent.
Cookie SettingsAccept All
Manage consent

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre ativado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
CookieDuraçãoDescrição
cookielawinfo-checkbox-analytics11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics".
cookielawinfo-checkbox-functional11 monthsThe cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional".
cookielawinfo-checkbox-necessary11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary".
cookielawinfo-checkbox-others11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other.
cookielawinfo-checkbox-performance11 monthsThis cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance".
viewed_cookie_policy11 monthsThe cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data.
Functional
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytics
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Others
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.
SALVAR E ACEITAR